Já experimentou o Pão-de-ló da B.LEM? Saiba que é diferente de tudo o que já provou até hoje! Reza a história que a receita do nosso Pão-de-ló tem origem no Mosteiro de Stª. Maria de Cós, convento fundado no século XII por D. Fernando, abade de Alcobaça. No início do século XIX, as perseguições às ordens religiosas em Portugal levaram ao encerramento do convento. Algumas freiras refugiaram-se na vila de Alfeizerão e transmitiram esta divina receita às senhoras da terra. Numa das passagens da corte pela região, o nervosismo era tal que a cozedura do bolo ficou incompleta dando-lhe a sua peculiar consistência e aspecto. O rei e restante corte elogiaram de tal forma a iguaria que, a partir daquele dia, nunca mais se deixou de fazer assim em Alfezeirão.
O Pão-de-ló da B.LEM é inspirado nesta receita única, que não podia faltar na mesa dos reis e nas festas da igreja. Transmitida através de muitas gerações por grandes mestres da doceria conventual portuguesa, agora em Sã Paulo.
"Os doces conventuais são difíceis, retorcidos, com receitas mentirosas e segredos impartilhados, aperfeiçoados com vaidade e teimosia, competindo com elegante violência entre si. Doutra forma, era impossível serem tão deliciosos".
(Miguel Esteves Cardoso)
domingo, 23 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
No Natal ele é Rei
Na mais autêntica tradição portuguesa a B.LEM
traz a São Paulo o famoso Bolo Rei, inseparável da mesa das famílias portuguesas na época de Natal e até o dia de Reis, em
janeiro. Segundo a receita tradicional,
o Bolo Rei é um bolo de forma redonda que faz lembrar uma coroa cravejada de
frutos secos e cristalizados. No seu interior encontram-se, misturadas com a
massa branca e fofa, passas, frutos secos e frutas cristalizadas, além da
característica fava da sorte. Segundo a tradição, quem receber a fatia onde está escondida
a fava terá um desejo realizado, mas deve retribuir ao dono da casa com
o mesmo Bolo Rei no ano seguinte. Antigamente escondia-se também em cada Bolo Rei
uma pequena surpresa ou brinde, hoje em dia proibidos pelas normas sanitárias e
de segurança da União Europeia.
O Bolo Rei tem origem no gâteau des
rois, típico do sul da França, e conta-se que foi levado para
Portugal por volta de 1870 por um famoso confeiteiro, de nome Gregório.
Produzido e comercializado pela primeira vez pela Confeitaria Nacional, em Lisboa, rapidamente generalizou-se
pelo país, com ligeiras variações da receita original. No Brasil a tradição do Bolo Rei é uma herança cultural que remonta ao período
colonial, e permanece até hoje, especialmente entre as famílias de origem portuguesa. A B.LEM,
que trouxe a São Paulo o melhor da padaria e da confeitaria de Portugal, não podia
deixar de estar presente na mesa dos paulistanos nesta data tão simbólica. Leve
para casa ou presenteie a família e os amigos neste Natal com o Bolo Rei mais
português do Brasil.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
De Berlim para a B.LEM
Os brasileiros chamam-na
“sonho”, mas em Portugal é conhecida como bola de Berlim. Conta-se que a Berliner, como é chamada na Alemanha, foi introduzida
no pais por uma família de refugiados judeus. É um bolo de massa
frita polvilhada de açúcar, muito tradicional em Portugal. Na verdade é um
clássico das tardes de praia por todo o país (são a melhor coisa depois de um
banho de mar, acreditem!). Na Alemanha são recheadas com compotas de frutas, mas em Portugal
utiliza-se o tradicional creme de pasteleiro. As bolas de Berlim da B.LEM são leves
e macias como manda a receita original, mas inovamos nos recheios. Atendendo ao
paladar brasileiro, substituímos o creme de pasteleiro por doce de ovos, e
introduzimos o popular doce de leite como opção. São uma ótima pedida a qualquer hora do dia, do café da manhã ao chá da
tarde.
Bolas de Berlim |
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
O Delivery mais Doce de São Paulo!
As delícias da B.LEM Portuguese Bakery estão agora disponíveis para entrega com o novo serviço de Delivery!
Através do site do nosso parceiro DISKCOOK ou diretamente no link B.LEM DELIVERY, levamos os deliciosos pães, doces e salgados da B.LEM à sua casa de forma muito simples e fácil.
Toucinho do Céu |
Basta fazer o cadastro, completar o pedido e escolher o meio de pagamento. Também poderá registrar vários locais de entrega com a mesma conta, desde que indique onde prefere receber os produtos B.LEM no momento da confirmação de cada encomenda.
Os pédidos também podem ser feitos pelo telefone 4003 2665. Confira a área de entrega em São Paulo antes de fazer o seu pedido. Se tiver dúvidas ou sempre que desejar, fale com a B.LEM pelo e-mail contato@blembakery.com.
Quindim Cítrico |
Pastel de Torres |
Pão com Chouriço |
Pão de Leite |
Salame de Chocolate |
Pão de Deus |
domingo, 9 de novembro de 2014
A Joia da Coroa
Os chefs portugueses Nuno Mendes, José Avillez, Rocha Vieira, Luís Baena, Pedro Baroso, João Simões e a dupla Diogo Noronha e Nuno Bergonse elegeram, em 2011, as suas iguarias preferidas de entre as 21 nomeadas para as 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa.
Entre os 70
pré-finalistas, selecionados em sete categorias, seguiu-se a escolha das 21 candidatas
por um painel de especialistas. Eis as 7 Maravilhas da
Gastronomia Portuguesa, eleitas por quase um milhão de votos: Alheira de Mirandela, Queijo Serra da Estrela,
Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e Pastel de
Belém.
O
Pastel de Belém é o doce português mais conhecido do mundo, tem fãs desde os
Estados Unidos e Europa até à Ásia. Conhecido internacionalmente como portuguese
custard tart, ou simplesmente egg tart, o Pastel de Belém é muito
popular em Macau, Hong Kong, Filipinas, Tailândia, Coreia do Sul e Japão, e agora também no Brasil.
Comercializado pela primeira vez em 1837, o pastel de nata é aclamado como a joia gastronômica da cultura portuguesa. Quase impossível resistir a comer um só... Venha provar e leve para casa os pastéis de nata da B.LEM do jeito que mais gosta.
A receita não é dos monges, que esta só em Belém. Mas há quem diga que eles não a fariam melhor!
sábado, 8 de novembro de 2014
Pão de Deus
Uma celebração da tradição portuguesa de bem fazer pão!
O Pão de Deus nasceu com as primeiras
manifestações da festa do ‘Pão por Deus’, no 1º de novembro, quando as crianças
se juntavam para pedir guloseimas de porta em porta.É um pãozinho levemente
doce, ao qual foi adicionada uma cocada, e tornou-se muito popular. Também
conhecido como "Arrufada", o Pão de Deus é uma boa pedida para toda
hora, do pequeno almoço (café da manhã) ao lanche da tarde.
Pequeno-almoço na B.LEM é tudo de bom! |
Também conhecido como "Arrufada", o Pão de Deus é uma boa pedida para toda hora, do pequeno almoço (café da manhã) ao lanche da tarde. Os Lisboetas gostam muito de acrescentar fatias de queijo presunto. Se é bom? Venha tomar o café da manhã na B.LEM e experimente!
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
O nosso Pão
Alentejano |
"Quanto mais as pessoas viajam, mais descobrem o sabor, o aroma e a 'crocância' de um verdadeiro pão. E passam a cobrar, reconhecer e valorizar a qualidade e origem. Hoje há um resgate do pão. O foco agora é na qualidade e nos processos, o pão tem que fazer a diferença, como era antigamente. É o consumidor que está exigindo.” Quem o afirma é Rogério Shimura ex-sócio de Alex Atala na “Em Nome do Pão”, hoje professor e industrial de pães.
Azeitonas |
Nós, da B.LEM PORTUGUESE BAKERY não podemos
estar mais de acordo. Por isso, trouxemos a São Paulo o melhor pão português,
autêntico na forma, na textura e no sabor, elaborado artesanalmente e à base de
fermentação natural.
Multigrãos Integral |
Na B.LEM os paulistanos encontram a qualquer hora do dia o verdadeiro pão alentejano, região a sul do rio Tejo onde durante décadas o pão foi o principal alimento, na versão original ou com azeitonas. O multigrãos, o papo-seco e o tradicional pão de leite também são especialidades que os clientes podem levar para casa ou degustar na própria loja, com manteiga e geleia, queijo ou presunto, e a qualquer hora do dia regado com o excepcional azeite extra-virgem da Herdade do Esporão. Tudo acompanha bem quando o pão é bom.
Chouriço |
Papo-seco |
Outra delícia da B.LEM é o pão com chouriço, presença
obrigatória nas feiras populares portuguesas, recheado com fatias do saboroso
embutido português defumado.Venha experimentar e leve para casa o pão da B.LEM.
Verá que as padarias de São Paulo, de português só têm os donos. Os pães que
todos conhecemos desde a infância, o francês de cada dia ou o italiano, nada
têm a ver com o maravilhoso pão português, que agora você encontra fresquinho
aqui mesmo, na Vila Nova Conceição.
O segredo do Abade de Priscos
Manuel
Joaquim Machado Rebelo, mais conhecido por Abade de Priscos foi um abade
católico e gastrônomo português que se destacou pelas famosas receitas
culinárias, especialmente a de um pudim divinal que leva o seu nome. O
pitoresco pároco da Freguesia de Priscos, próximo a Braga (norte de Portugal)
foi um dos maiores cozinheiros portugueses do século XIX. Um dos aspectos
marcantes do abade, a quem muitos chamavam "o Papa dos Cozinheiros",
era a sua maleta recheada de iguarias e temperos desconhecidos, na qual se
julgava estar o seu livro de receitas, que nunca foi encontrado. A mais famosa
de todas é, sem dúvida, um pudim de ovos com toucinho - sim, toucinho mesmo! -
manjar cozinhado de cor há mais de 100 anos pelos mais renomados cozinheiros.
O
Pudim do Abade de Priscos é feito com gemas, vinho do Porto e uma generosa
calda de açúcar com 50 gramas de toucinho fresco, ingrediente que “caiu” por
descuido na receita do abade e acabou por se transformar no segredo que faz a
diferença. Uma forma forrada com caramelo, uma hora em banho-maria – paciência
e gulodice – e já está!
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
O Bolo Rei
(por Miguel Esteves Cardoso)
Não se pode dizer qual é o melhor bolo-rei de Lisboa, do Porto ou de Portugal. O que se pode ir fazendo é provando os bolos-rei que nos aparecem à frente (leia-se “que nós perseguimos até aos confins da Terra”).
Discutir qual é o melhor bolo-rei é uma actividade infinita e deliciosa, até porque é sempre interrompida: “Sabes lá o que dizes! Tens é de provar o bolo-rei da Garrett — vou-te trazer um e depois falamos”.
A receita bem pode ser secreta mas cá para mim o verdadeiro segredo é que os mestres pasteleiros melhoram o bolo-rei de ano para ano. Todos os anos está um bocadinho melhor do que o anterior, tendo parecido no ano anterior que tinham atingido a perfeição. Lembro-me há uma década de achar que o bolo-rei deles, a ter algum defeito, era ter ovos a mais e, sendo fofo e amarelo de mais, não ter a secura que tanto se presta a um chá, um vinho do Porto, um vinho da Madeira ou um Moscatel de Setúbal.
A venda de bolos-rei está muitíssimo bem organizada, adaptando-se aos caprichos de cada um. Não nasceu ainda um lisboeta que apenas queira “um bolo rei”. Não. Quer um mais mal cozido, mais pesado, com menos frutos secos.
A massa do bolo-rei não é, ao contrário da maioria de bolos-rei, doce. É abaunilhada e generosa. O açúcar não abafa os sabores diferenciados das frutas e das passas, todas exímias. Todos os ingredientes são excelsos. As frutas cristalizadas do exterior — que costuma ser o calcanhar de Aquiles dos bolos-rei — são perfeitas. Se quiser fazer uma ideia do tempo que leva e da paciência e perícia que são necessárias para cristalizar fruta à velha moda francesa, consulte um bom manual de pastelaria: é de fugir!
Bolo-rei torrado é muito bom. Melhor ainda, quando já tiver mais de uma semana, é remover o exterior e fazer fatias da massa para torrar. Carameliza lindamente — cuidado que torra num instante — e ganha vida nova, ideal para acompanhar um café, um chá ou um bom whisky de malte. Há quem ponha manteiga mas acho que é um erro. O bom bolo-rei, como é o da Confeitaria Nacional (“por Balthazar Castanheiro”), já tem toda a bondade e majestade dentro dele.
(Miguel Esteves Cardoso, in Público)
Discutir qual é o melhor bolo-rei é uma actividade infinita e deliciosa, até porque é sempre interrompida: “Sabes lá o que dizes! Tens é de provar o bolo-rei da Garrett — vou-te trazer um e depois falamos”.
A receita bem pode ser secreta mas cá para mim o verdadeiro segredo é que os mestres pasteleiros melhoram o bolo-rei de ano para ano. Todos os anos está um bocadinho melhor do que o anterior, tendo parecido no ano anterior que tinham atingido a perfeição. Lembro-me há uma década de achar que o bolo-rei deles, a ter algum defeito, era ter ovos a mais e, sendo fofo e amarelo de mais, não ter a secura que tanto se presta a um chá, um vinho do Porto, um vinho da Madeira ou um Moscatel de Setúbal.
A venda de bolos-rei está muitíssimo bem organizada, adaptando-se aos caprichos de cada um. Não nasceu ainda um lisboeta que apenas queira “um bolo rei”. Não. Quer um mais mal cozido, mais pesado, com menos frutos secos.
A massa do bolo-rei não é, ao contrário da maioria de bolos-rei, doce. É abaunilhada e generosa. O açúcar não abafa os sabores diferenciados das frutas e das passas, todas exímias. Todos os ingredientes são excelsos. As frutas cristalizadas do exterior — que costuma ser o calcanhar de Aquiles dos bolos-rei — são perfeitas. Se quiser fazer uma ideia do tempo que leva e da paciência e perícia que são necessárias para cristalizar fruta à velha moda francesa, consulte um bom manual de pastelaria: é de fugir!
Bolo-rei torrado é muito bom. Melhor ainda, quando já tiver mais de uma semana, é remover o exterior e fazer fatias da massa para torrar. Carameliza lindamente — cuidado que torra num instante — e ganha vida nova, ideal para acompanhar um café, um chá ou um bom whisky de malte. Há quem ponha manteiga mas acho que é um erro. O bom bolo-rei, como é o da Confeitaria Nacional (“por Balthazar Castanheiro”), já tem toda a bondade e majestade dentro dele.
(Miguel Esteves Cardoso, in Público)
Miguel Esteves Cardoso é jornalista e um dos mais
notáveis escritores portugueses da sua geração. Nascido em Lisboa (1955), vive
em Colares (Sintra) e escreve diariamente no jornal Público.
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