"Os doces conventuais são difíceis, retorcidos, com receitas mentirosas e segredos impartilhados, aperfeiçoados com vaidade e teimosia, competindo com elegante violência entre si. Doutra forma, era impossível serem tão deliciosos".

(Miguel Esteves Cardoso)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Travesseiros de Sintra

A arte dos sabores que tem alimentado o universo das tradições gastronómicas é algo transversal a todas as culturas e a todos os tempos. Da diversificada e rica doçaria sintrense existente, os Travesseiros de Sintra são a referência gastronómica de excelência, e um vínculo cultural indissociável da região. 


Historicamente, de todos os doces sintrenses, o Travesseiro é o mais recente, surgido da atividade confeiteira de uma família da Vila, em meados de 1940. Constança dos Santos Cunha, neta da fundadora da antiga Casa das Queijadas da Piriquita, criou este afeto de doçaria, feito de massa folhada, doce de ovos, amêndoas e açúcar. O famoso doce ultrapassou os infortúnios e as dificuldades de um tempo conturbado pela guerra, pela escassez e pelo racionamento dos produtos, transformando-se em uma iguaria reconhecida universalmente como ex-libris da Vila de Sintra. 

No registro das atenções, os Travesseiros da Piriquita percorreram o mundo e imensas rotas, descritas por quem lembra a passagem por Sintra. Numa homenagem à casa fundadora, a B.LEM desenvolveu uma receita própria, que não fica atrás da original e faz as delícias de quem vem matar saudades. Sem dúvida, uma das especialidades da casa!

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